segunda-feira, 2 de julho de 2012

3 comentários:

  1. Li com atenção esta tragédia do batalhão que nos foi render. Apesar de já não ser novidade para mim, Em Maio de 1977 num jantar de batizado em casa de amigos em França, encontrava-se também um convidado, que em conversa vim a saber que pertenceu a esse batalhão que nos foi render, tinha por nome GERALDES, e era natural de UNHAIS DA SERRA-COVILHÃ. Contou-me exactamente esta lamentavel passagem ( emboscada ) do Capulo,! Nunca mais me tinha lembrado disso, mas agora que o ex, 1º cabo Santos escreveu, veio tudo a lembrança! Tanta gente morreu por falta de cuidado ! Como comenta o Santos, no dia anterior tinham feito um jogo de futebol. Confiança... eles viviam conosco. Vou aqui citar um caso que se passou com a companhia 2310 cediada na fazenda TABI. Poucos dias antes do Natal de 1969, um pelotão, já não me recordo qual, iam em coluna para as salinas,! Este pelotão vendo fumo no meio da mata, dirijiu-se ao local, quando chegaram depararam-se com umas palhotas e um indefeso que não conseguiu fugir, todos os outros já tinham desaparecido! Como normalmente faziamos logo que se encontrassem palhotas, era deitar fogo. Assim fizeram, e mais ao indefeso.. Só me recordo de ouvir ao meu comandante de polotão, alferes Rocha, quando soube do acontecido. Deus nos livre que a imprensa estrangeira venha a saber isto..!! Conclusão! Na passagem de ano 69-70 a meia noite em ponto, a fazenda Tábi foi atacada, e nunca tinhamos ouvido um tiro desde que saimos do Mucondo, ( Se eu falhei aqui em alguma coisa, peço a quem ler este comentário da companhia 2310 e que tenha participado o favor de corrigir qualquer falha, só sei que fomos atacados por esse motivo. )Saudo todos os colegas do Batalhão 2833 e do batalhão 2871..

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    1. Meu caro Joaquim Afonso, boa noite e um abraço. Estive no Capulo durante dois meses ou mais e nunca tive razão de queixa de ninguém. Eu era exigente e dizia que a guerra só acabava quando chegássemos ao "puto" e mesmo depois de estar cá logo se veria. Houve uma vez que quando andava de Unimogue cai com ele nas salinas e foram os naturais de lá que foram ajudar a tirá-lo daquele lamaça~l.Também comi muitas vezes mexilhão que eles próprio iam buscar ao mar.Tive sempre uma boa relação quer com o gerente das salinas quer com os empregados, pois eu trazia sempre alguns nas viaturas quando vinha fazer o reabastecimento ao Ambriz. Trabalhámos muito para pôr aquele destacamento bonito. Eu já escrevi isto quando criei o blogue.

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  2. Caros colegas e amigos, peço desculpa voltar novamente ao assunto, quando isto deveria ser para esquecer!! Mas quando eu digo, nunca mais tinhamos ouvido um tiro desde que saímos do Mucondo; Não corresponde á verdade, Eu e o meu pelotão, nunca mais ouvimos um tiro, mas um pelotão, salve o erro o 4º do alferes Ramires, sofreu um ataque na Horta Marques, que foi dos mais agravantes e perigosos, foi numa noite e começou com uma granada junto de dois sentinelas, que pelos vistos só um aguentou o fogo até que o pelotão reagiu. Sei que logo pela manhã foi o meu pelotão para o local, fomos fazer reconhecimento e encontramos dois cadavers, mas armas!? nada! Levamo-los para a tal horta Marques e o gerente da horta, um Português branco, mandou abrir uma coba a um empregado negro e enterrá-los, este ao deitar a primeira terra para cima dos cadavers, pegou uma mão cheia de terra e beijou-a! Por isso, o gerente da horta, na frente de todos que ali estávamos, começa a lambada ao preto só porque beijou a terra,, ficamos revoltados com essa atitude do Gerente, Estas passagens !! Hoje !! é caso para meditar. Mais um abraço para todos os ex.colegas e amigos do batalhão 2833...

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