domingo, 3 de janeiro de 2010

C.CAÇ 2310

Helicóptero fazendo o reabastecimento de rações de combate durante uma operação militar

Esperando a chegada dos elementos do novo batalhão que nos vinham render e que nós chamávamos "maçaricos" isto por serem novos.
Após a caçada há que tirar a pele ao animal, neste caso um veado.
Trabalhadores (oriundos do sul de Angola a que chamávamos bailundos) da Fazenda Bombo levantando as ossadas de ex-camaradas que estiveram nesta zona para poderem ser entregues aos familiares.
Atravessamento de um rio durante uma operação militar. Esta situação era recorrente uma vez que estávamos numa zona em que havia muitos cursos de água.

O nosso desembarque em Lisboa onde os nossos familiares nos esperavam.

Paquete "Pátria" a ser rebocado para o cais de Alcântara onde o mesmo atracou após a nossa chegada de Angola.
Quartel e Sanzala de Cambamba onde estava estacionada a Companhia de Caçadores 2311. Se alguém se lembra ou ouviu falar foi uma zona onde nos princípios da guerra esteve o famigerado Tenente Robles (hoje deve ser Coronel) que por acaso foi 2º Comandante de Instrução em Tavira.
Avioneta DO (dornier) na pista do Mucondo. Este meio de transporte servia para acompanhar as deslocações feitas por nós em terra quando as tropas estavam em operações e nele viajavam normalmente o comandante e major de operações do batalhão que organizava as mesmas.

Recepção de boas-vindas com música e cantares. O tocador de acordeão é o nosso camarada, Furriel Miliciano Figueiras, natural da Ilha da Madeira.
Chegada do M.V.L. que trazia os "maçaricos" para nos renderem
Protecção dos trabalhadores da Fazenda Bela Vista, cortando capim numa baixa muito perigosa antes de chegar à fazenda para quem vai do Mucondo

Secção do Furriel Miliciano Coelho-Da esq.para a Dta. Soeiro, Furriel Coelho, Nunes, Henriques, Afonso, Carneiro e Martins
Capela com a urna de um camarada, morto em combate, em 4 de Outubro de 68 o seu nome era Joaquim de Jesus Pinto.

Entrada do Quartel

Edificio do Comando da Companhia de Caç. 2310

Paquete "QUANZA" á sua chegada ao porto de Luanda
Desfile de regresso ao quartel
Formatura do Batalhão antes da partida para AngolaPanorâmica do Campo Militar de Santa Margarida
Capela de Santa Margarida
Fotos enviadas pelo nosso camarada José Joaquim Afonso. Só com estas contribuições pode o nosso Blogue ser grande.Obrigado companheiro.








Amigos e ex-camaradas espero que tivessem passado um bom Natal e que o Novo Ano lhes traga tudo de bom.
Quando criei este Blog pedia a todos os ex-camaradas que colaborassem no seu enriquecimento enviando fotografias ou outros documentos. Chegaram-me hoje algumas fotografias enviadas pelo nosso ex-camarada Manuel Branco da Companhia 2310, sediada no Mucondo.







Para que o Blog não fosse apenas um álbum de fotografias pessoais, seria conveniente que envolvesse o maior número de pessoas, isto é, fotografias da qual fizessem parte outros camaradas. Gostaria que neste caso se fizesse referência aos nomes constantes da mesma. Se forem outro tipo de fotografias que as mesmas fossem legendadas para sabermos todos onde foi tirada e o que representa (ex.almoço de...). Este é um espaço de todos nós e por isso todos podem colaborar quer através de comentários neste Blog quer no envio de outras coisas, inclusivé de histórias passadas por vós.



Ácerca disto, gostaria de agradecer ao nosso ex-camarada José Joaquim Afonso não só a assiduidade demonstrada na consulta atenta deste Blog como do apoio e incentivos dados. O meu obrigado -Catalo



6 comentários:

  1. Belas fotos. Sao tempos que marcam uma vida. O preto e branco tem essa particularidade tanto pela profundidade como pelo indice cronologico nelas associado.
    Abraço Ze Gracio

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  2. Amigo Catalo; Visitei o sitio da guerra colonial, como me indicou por e-mail, o que desde já agradeço, uma coisa me emocionou, mas que gostei de ficar a saber: Os mortos em combate do nosso batalhão, a data da sua morte e a terra onde pertenciam, sabia unicamente da comp. 2310, o Pinto, e que era de Moimenta da beira, mas afinal, era de uma aldeia desse concelho.
    Um abraço e até breve.

    José Joaquim Afonso

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  3. Após 41 anos da chegada a Lisboa dos militares do batalhão de caçadores 2833, no dia 18 de Abril de 1970,encontrei-me pela primeira vez com alguns camaradas com quem compartilhei dois anos e quarenta e três dias de comissão que fizemos em Angola, nos anos 66/70.
    ....pois foi, após este tempo todo fui contactado pelo ex-militar Nelson Henriques da CCS, informando-me do dia do encontro a 30 de Abril de 2011.
    Lá me meti a caminho, tendo antes o cuidado de ir espreitar, na Internet, a página do batalhão de caçadores 2833 , as fotografias das reuniões anteriores principalmente as da minha companhia 2310.
    Não conhecia ninguém!....a minha memória fotográfica tinha-se apagado e aqueles jovens que via nas fotografias eram-me desconhecidos...
    Pensei em desistir da minha ida ao almoço com medo que a memória não recuperasse o que tinha esquecido.
    Arrisquei e meti-me a caminho até Alcanena.
    Houve a concentração junto à capela, uns foram assistir ao serviço religioso, outros ficaram cá fora a pôr a conversa em dia, seguimos depois para o local do repasto, perdi-me algumas vezes pelo caminho, fui parar a outra guerra que não era a minha, mas depois dos enganos lá cheguei ao local do repasto.
    Cheguei mesmo na hora das fotografias - estavam a fazer a chamada para a companhia 2310 formar no palanque para o retrato de família - já lá estavam 12 mancebos e eu o 13º subi para junto daquelas caras que não me faziam lembrar ninguém conhecido.
    Quem és tu ?...perguntaram?
    Sou o Correia do 4º pelotão , era furriel , julgo eu... já sei quem é diz um ,que depois vim a saber que era o enfermeiro Pedro, era o furriel ruinzinho disse ele a brincar, fiquei logo bem impressionado,... estou com a minha gente , já me identificaram ,pensei eu.
    Não houve formatura para o almoço ,mas houve chamada como nos velhos tempos ,entramos e sentamo-nos na mesa que nos estava atribuída ,comemos e pusemos a conversa em dia na medida do tempo e da memória que tínhamos .
    Os camaradas ex -oficiais formaram à parte ,pois o respeitinho é muito lindo e nada de confiança e faltas de respeito ,assim é que é...Estas reuniões são para convívio e para recordar coisas do tempo em que éramos jovens e cumpríamos o nosso dever para com a pátria ,conforme diziam na altura, alguns dos antigos governantes, e falamos do passado até ao presente , gostei de relembrar aqueles camaradas que estiveram comigo no Mucondo em S.Paulo,na fazenda Tabi, na Horta do M e os camaradas das outras companhias principalmente os furriéis que eu conhecia melhor por terem estado comigo nas Caldas da Rainha, Tavira e Abrantes.

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  4. Um final feliz, no 1º encontro do ex.furriel Correia do 4º pelotão da comp. 2310 no 17º convívio do Batalhão 2833. De facto ninguem o conhecia! sentia-se estrangeiro no meio dos seus colegas de guerra 41 anos depois, Mas depois de trocar uma palavras!!! Reconheceu-se e foi mais um que nos deixou radiantes de alegria a sua presença.. Tenho a certeza amigo Correia, que gostou de ver os garotos de há 41 anos e hoje com 65 já reformados e avós na sua maioria! Apareçam mais surpresas como esta, que nos deixam a todos alegríssimos,,,
    Deixo aqui um abraço para todos os colegas, mas muito em especial para a comp. 2310..

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  5. Obrigado amigo Afonso. O meu amigo, como sempre, tem uma palavra amiga.
    Gostei do relato do Jorge. Só espero que ele vá mandando mais coisas.
    Um abraço

    Catalo

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  6. Amigo Correia, deu-nos uma grande alegria a sua presença no 17º Almoço/Convivio de 2011. Houve mais uns quantos colegas, do nosso Batalhão que também vieram pela primeira vez ao Convivio, pena é, não nos poder-mos juntar todos, infelizmente, são vários os motivos para que tal não seja possivel. A Guerra do Ultramar, submeteu-nos a grandes sacrificios, em especial aos Operacionais, mas tambem foi geradora de grandes amizades, que quase 44 anos depois, do seu inicio (para nós), ainda permanecem, foram amizades geradas em condições muito más, em que todos dependiam de todos, o que no meu entender estas são amizades, puras, genoinas, levando a que quase 44 anos depois, quando nos encontramos ainda é visivel aqui e ali, uma lágrima nos nossos olhos. Espero e se a saúde mo permitir, estar presente no 18º Convivio na Régua. Como as nossas idades, estão entre os 64 e os 68, por razões que todos conhecemos, as dificuldades irão aumentar, até lá devemos ir em frente.Lá espero encontrar o amigo Correia e todos os outros nossos colegas do Batalhão 2833.
    Amigo Catálo e Afonso, aquele abraço, extensivo a todo o restante pessoal do Batalhão.
    Nelson Henriques
    ( C C S )

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